Pensando no Nobel
Cantei o amor de facto, o amor real,
o amor numa mulher concretizado,
o amor ante o altar sacramentado,
amor como talvez nunca houve igual.
Cantei meus filhos, oito no total,
qual deles mais querido, mais amado,
de alma lavada e corpo bem formado,
que nunca me deixaram ficar mal.
Na minha poesia cultivei,
ao som dos violinos me inspirando,
quanto de bom, de belo e nobre achei.
Vida simples levei, dada ao estudo,
e já viúvo, a Deus a encomendando,
minha mulher presente a vejo em tudo!
João de Castro Nunes - Portugal
O Nobel
(em resposta ao querido poeta João de Castro Nunes)
Cantaste o amor de forma sublimada
Numa mulher que em tua vida entrou
E nem a morte dela te apagou
A chama de querê-la mais amada.
Teus oito filhos... tanto amor a cada
Um faz-te chuva que do céu brotou,
Pra fecundar a terra que chorou
Gestar nos sulcos vida consagrada.
Dou-te o Nobel do amor em concretude
Também nos versos, flores do sentir
Nas alamedas finas da virtude.
E eu, uma etérea amante em meu porvir,
Plantei nos corações o Amor que pude
E tenho, por troféu, o meu sorrir.
Regina Coeli Rebelo Rocha - Rio de Janeiro/RJ
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