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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

HOMENAGEM: MAYA... MENINA... GUERREIRA - 1 ANINHO EM 20-11-2015!

MAYA e seu papai JUNIOR
A GRANDEZA da LUTA UNIDA




















16/11/15 22:53:19: Juninho: Força e Fé

Um dia que começa comum, 
pode uma hora mudar.
Foi assim que um pequeno anjo, 
veio e para ficar.

Mas chegou um tanto adiantada, 
sem convite e sem avisar.
Ali eu já não sabia mais nada, 
só gritava para o mundo parar.

E a vida virou de ponta cabeça.
O medo superava a certeza.
O coração ao ponto de parar.
Me devolvam o meu chão que eu quero pisar.

Mas o que eu não sabia,
 é que a pequena era pura energia.
Com disposição para batalhar, 
uma alma que veio para brilhar.

E como que em um furacão, 
de força, fé e união.
Seguimos sem titubear, 
agarrando a vida sem largar.

Um exemplo de rara beleza.
Com a alegria sufocando a tristeza.
E um milagre aconteceu.
Minha guerreira Maya lutou, 
lutou, 
lutou e no fim venceu.
Sobreviveu...




MAYA - FORÇA E FÉ
Regina Coeli

Passar meses no hospital
Lutando para viver
E agora em casa um quintal       
      Feliz por amanhecer!

(... e ter uma mamãe Anna)


***


MAYA, pequeniníssima ela era,
Um botãozinho cheio de fervor
De pincelar no dia a dia a cor
De uma completa rosa após a espera.  

MAYA, lindo botão de primavera,
Aos poucos vai-se abrindo rumo à flor
Que, já cheirosa, dá-nos seu Amor
Em pétalas brotadas da quimera.

MAYA, teu Sol sorri pra ti vibrante
E à noite, lua e estrelas silenciam
Ao brilho da tua alma tão gigante! 

A Força e a Fé, num abraço, te anunciam,
Rainha-Flor de pé olhando adiante
E vendo além do que outras flores viam...



Rio de Janeiro/RJ, 31 de dezembro de 2015.
(Tivó, com o mais alto RESPEITO)




quinta-feira, 12 de novembro de 2015

PERIGO NO AR






















Puseste os pés no chão da minha rua
Como a chamar-me cedo pra brincar,
E ao ter-te, sol, flamante a me afagar,
Corri de ti pra ver se vinha a lua. 

E veio, qual mulher que se insinua

Na passarela em sensual vagar,
Chamou-me pra com ela eu ficar,
E me assustei ao vê-la linda e nua.  

Todo esse jeito novo e encantador 

Me deslumbrou pra além do meu destino
Numa emboscada do mais puro amor. 

E quando olhei, meu sonho peregrino

Se debatia num atroz furor
Vestido em calça curta de menino...


terça-feira, 10 de novembro de 2015

BRANCO E PRETO















(lampejo de uma inspiração vinda do poeta Odir Milanez)

Flores tuas, compostas em soneto,
Muito mais do que flores são arpejos
Lindos, suaves, maviosos como beijos
Para a boca que os tem como amuleto. 

Se são notas vestindo branco e preto,
Venha a amada atender aos teus desejos
De dar cor, em anseios, aos solfejos
Dos teus versos cantantes, num dueto.

Rosas, lírios, jasmins são universos
De enlevo e encanto à alma da mulher
Que se extasia ante esses tons diversos...

Porém, a cor querida, a que ela quer,
Vem do poeta, da mão que pinta versos
Para ela. Na cor que ele quiser.


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

TODAS AS CORES

















(navegando na inspiração azulada do poeta Odir Milanez/PB,
 a quem agradeço e abraço)

O meu olhar me prometeu um céu
Garboso e lindo com milhões de cores
Nas pipas vivas exalando olores
Em sonhos desvairados de papel.

Correu pro mar o meu olhar ao léu,
Buscou um barco que eu enchi de flores
Na minha infância. Hoje navega dores
De uma inocência que perdeu o mel.  

Ao colorir-me de sutil quimera,
De cor eu pinto a cicatriz de um ai
De despedida em certa primavera:

Saudosa lágrima no rosto cai.
Sorrio azul. Sei que ao final da espera
Verei os azuis olhos de meu pai. 

SONHANDO AZUL

Pintura de Jean-Baptiste VALADIE



















           
(uma inspiração vinda do poeta Odir Milanez/PB, a quem agradeço e abraço)

Ao mar azul gostosamente amar,
Em cada pingo uma carícia linda,
O mar imenso e de beleza infinda
Ao qual me dou, sonhando me azular.

O céu azul se curva e beija o mar
Num azular estonteante e brinda
Meus tantos sonhos. Eu me pego ainda
Sonhando azul neste meu vão sonhar...

De azul eu pinto as mil e uma cores
Da Natureza rica em colorido
E faço azuis cinzentos dissabores.

Toda em azul, desperta-me o sentido
De ser amada entre azuladas flores
No mais azul que nunca houvera sido.



domingo, 23 de agosto de 2015

FLORES DISPERSAS

Bela Arte de Neia













Não serão menos belas aquelas
Que se quedam ao chão sem perdão,
Pedaços de bondade, sem maldade,
Do ontem caídos, hoje esquecidos...

A flor terá sempre o seu valor

Na beleza que deixa os olhos
E vai morar no coração...
E no perfume que embriaga a razão...

A flor cresce e fenece.

Está presente na beleza do nascer
Dos que chegam à Vida
Para realizar o milagre de viver.

A flor enfeita o adeus que escorreu

Na lágrima dos que se despedem e choram
A dor da partida, doída,
Do que, inerte, faz que adormeceu.

A flor vive na vida todos os tempos... 

Quando nasce, já está morrendo...
Quando morre, já está renascendo...
E quando cai,  é só uma imagem que vai...

Flor no galho, beleza em ação;

Flor no chão não é em vão...
Alimento da terra e da Criação...
A flor ressurge em cor e paixão... 

Assim são todas as coisas

Chamadas do mal ou do bem...
Adormecem, mas acordam...
Reciclam a Vida no seu vai e vem...

Pessoas são flores:

Apontam nos galhos,
Muitas desabrocham em seus  olores.
Descartadas, viram frangalhos,
... De cena retiradas,  pisadas...
Mas não morrem... Ressurgem das dores
E explodem em novos fulgores,
 Em novo amanhecer...
...

... Para não deixar a Vida morrer!


Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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FELICIDADE
















Felicidade é desfrutar a vida
Naquilo que ela tem de tão pungente
— A gentileza, em flores estendida,
Buquê precioso a perfumar a gente.

Felicidade é bem agradecer
A linda flor que cai da tua mão
E, tão bonita, vem reverdecer
O meu jardim imerso em emoção. 

Felicidade é ver que o meu sorriso
Ficou alegre, e a minha alma pura
Vestiu-se em flor, cheirando à tua ternura,
Formando aleias rumo ao paraíso. 

Felicidade é, sem dormir, sonhar
Com uma flor para enfeitar o dia
E para a noite, sim, inebriar
Canteiros de sonhada fantasia. 

Felicidade é perceber olores 
Nas mãos gentis que colhem alegria
E a repartem em buquês de lindas flores
Como bom vinho, em taça, que extasia...

Felicidade é mitigar a sede;
Sentir beleza sob o firmamento,
Buscar estrelas a piscar pro vento;
Querer ser hera atada a uma parede...

Felicidade é este bem-querer
Que a flor desperta em mim, me faz querida,
Doce regalo à luz do anoitecer,
Tua meiga flor na flor da minha Vida!


Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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quarta-feira, 22 de julho de 2015

MAYA... MENINA... GUERREIRA!





Maya vibra de emoção,
dorme feliz em seu ninho
no compasso da oração
do canto do passarinho...
                                                (31-12-2014) 
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Neste 22 de julho
nossa alma mais erguida
num misto de pranto e orgulho
reverencia a Mãe-Vida.

Maya saiu do hospital
e à sua casa chegou
pra brincar no seu quintal
cada sonho que sonhou.


























Oito meses de clausura,
lutando para viver,
sorvendo do ar a ternura
para um novo amanhecer! 





Fervorosas orações,
pensamentos só de Amor,
transformaram as vibrações
no chão perfeito pra flor.

E floriu, encantadora,
a flor rara em seu sorriso.
Maya, tenaz lutadora,
fez brotar da dor o riso.

Sorriso hoje escancarado
enche de luz cada olhar
que se crê bem ao seu lado
feliz por acreditar!





Não há um prêmio melhor
do que a Paz de uma criança;
não há dádiva maior
se com saúde ela avança!

Maya irá por seu caminho
com óculos cor-de-rosa,
devagar voará do ninho
pra Vida maravilhosa. 

Com mamãe e com papai,
fundamentais na vitória,
a guerreira Maya vai 
escrevendo a própria história.   


By Penny Parker





















Uma vida, muitos sonhos,
noites de cálido luar,
nunca mais dias tristonhos,
muitos braços pra abraçar...

Os avós, tão sábias mãos,

foram elos na corrente
mais perfeita, sem desvãos,
levando Maya pra frente.

Dorme, Maya, em teu bercinho,
sonha lindo, que hoje é o dia
no qual nasces bem juntinho
do Amor, da Paz, da Alegria.



Ouve, Maya, esse refrão
que vibra nesse teu ninho:
menininha, és só canção,
és canto de passarinho!


By Penny Parker


(tia-avó da menina Maya e que a abençoa;
Rio de Janeiro/RJ, 22 de julho de 2015)


terça-feira, 30 de junho de 2015

PENSANDO BEM...




Eu te vejo entre as letras do teu verso
Desenhando metáforas bonitas
Pra dizer coisas que não foram ditas
Ou as dizendo de um jeito bem diverso.

Eu te sinto de um jeito controverso:
Faz-te um mar indo em ondas infinitas,
Faz-te um laço rasgando velhas fitas,
Mas menino perdido no universo. 

Não importa nem mesmo o teu poema
Destinar-se a um alguém que não sou eu,
Que há muito, bem o sei, não sou mais tema...

A mim basta saber que quem perdeu
De entender esse velho teorema
Foi o teu raciocínio, não o meu.

Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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segunda-feira, 8 de junho de 2015

TANTO AMAR

Inesquecível Arte de Ilka Vieira
























(inspiração vinda de um soneto do poeta Odir Milanez, a quem agradeço)


Amei demais. Raiado o alvorecer,
O dia me sorria tão contente
No rosto idolatrado à minha frente,
O meu maior enlevo pra viver. 

Quantas vezes amei? Não sei dizer.
Ouvi que o amor se achega de repente,
Instala-se amoroso, bem envolvente,
Durando... enquanto dura o bem-querer...  

E é mesmo assim. Sem malas, vai embora
Um alguém driblando pífias despedidas
De quem fica pra trás e, amando, chora.  

Amei em meio a vindas e partidas,
Mas hoje me ama a sempre meiga aurora
Nas cores que amo, e que julguei perdidas.  



Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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Rio de Janeiro/RJ, 05-06-2015.



domingo, 24 de maio de 2015

AMOR DE MÃE

















Ser mãe é ter a vastidão do mar
Que dá o peixe à fome por comida.
É ser asa maior a um filho erguida
Para ensiná-lo a mais alto voar.

Porém há filhos ávidos do olhar
Daquela que lhes trouxe à luz da Vida,
Enquanto outros felizes à acolhida
De almas-mães doando a eles seu amar.

Amor de mãe... um sentimento terno
Que eleva a fêmea ao mais sagrado amor
Em pétalas de flor do amor materno.

Mulher-amor, a mãe-mulher-fervor
Em divinal missão que faz eterno
Seu bem-querer a um filho redentor. 


Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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sexta-feira, 8 de maio de 2015

ALTIVA RUBRA ROSA


























Banhada pelo sol, amadurece.
Perdida a virgindade, o seu botão
Entrega-se à feliz contemplação
De quem fez dele rosa, e sempre a aquece. 

Viceja no sublime de uma prece

A rosa, mercadora da ilusão
De um certo olhar, que a prende em sua mão,
Jamais morrer na hora que anoitece... 

Ao vê-la com as pétalas murchando,

Sozinha no raminho, tão esquecida,
Mas seu entorno ainda perfumando, 

Fiz dela o meu símbolo de Vida

Vendo-a chorar, enquanto eu, sangrando,
Beijava-lhe o espinho, enternecida.

Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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CÁRCERE

















E quando olhei profundo os olhos dela,
Bateu-me bem mais forte o coração
No olhar furtivo, escravo da emoção 
De se espiar um segredo da janela.  

Entrei no espaço oculto de uma cela.
Paredes de uma aguda solidão
Guardavam cada sim e cada não
Que a boca, por fechada, não revela. 

E de repente um grito aconteceu
Vindo daquela que bem fixo olhava 
O meu olhar, e a mim reconheceu.   

Descoberto, meu peito soluçava
Vendo no espelho a mulher que eu 
Encarcerei, mas cujo olhar gritava.

Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

ORAÇÃO AOS INFINITOS CÉUS - Regina Coeli / ENTRELACE de Humberto - Poeta



Foto/Imagem animada de Ernst, Suíça (uso autorizado)



















(inspiração vinda de um Encontro Poético com os parceiros Vera Mussi e Eugénio de Sá em 13-01-2013, e que hoje, 17-01-2013, ofereço aos parceiros Elio Mollo e A Era do Espírito) 


Perdoai, ó Deus, meus rotos, pobres versos,
Que num ultraje à lei gramatical
Mesclaram "Vós" com "Ti" e achei normal,
Pois os poetas caminham chãos diversos...

Não classifiques de rotos ou pobres
os versos que depreciando vais,
pois até mesmo em poetas mais nobres
flagramos infrações pronominais.

Mas, não! Se vou buscar o que há de Belo,
Tem que haver no meu verso a adequação
Que faz a forma e o som serem canção
Bonita e imune à força de um libelo.

Buscar o belo é aspiração suprema
dos que temem expor-se a algum libelo...
Não ligues, pega logo o teu poema,
retoca-o no que caiba e põe no prelo!

Ó Meu Senhor, mais longe eu quero ir,
E transcender o etéreo céu de anil,
Para sentir aquilo que sentiu
O pranto que aprendeu o que é sorrir.

De olhar voltado para a imensidão
subir anseias cada vez mais longe;
Pra tanto tens a calma e a mansidão
que só se encontram num soturno monge.

Vede, Senhor, o Tom das Parcerias,
Um Elo magistral do Vosso Amor,
Matizando um jardim com toda a cor
Das flores em sublimes alquimias.

A tais parceiros graças Deus dará
sem que tua prece o Seu ouvido aguce,
pois sabe Ele quem é Eugénio de Sá
e conhece o valor de Vera Mussi!

Sou grão, eu sei, tão ínfimo e menino,
Mas sei que a mão da triste solidão
Regala-se ao sentir uma outra mão
Num toque que é tão Belo... e que é Divino!

Quem se acha um cisco e declará-lo ousa
mesmo arrostando acerba solidão,
esquece os males ao sentir que pousa
sobre seus ombros a Divina Mão!

Elevo a Vós agradecido olhar,
Porque os nobres Parceiros que me dais
São estrelas luzindo Amor e Paz,
Dando asas aos meus pés para eu voar...

Agradece-lhe, sim, e Lhe irradia
o brilho que há em teus versos prazenteiros,
e O louva pela grata companhia
de tão prendados e gentis Parceiros!



Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli

Entrelace: Humberto Rodrigues Neto (14-04-2013)


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Com a minha sincera gratidão a poeta Regina Coeli,
cujo presente poético oferecido ao A Era do Espírito
me envolveu de imensa e agradável felicidade.
Elio Mollo


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