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domingo, 23 de agosto de 2015

FLORES DISPERSAS

Bela Arte de Neia













Não serão menos belas aquelas
Que se quedam ao chão sem perdão,
Pedaços de bondade, sem maldade,
Do ontem caídos, hoje esquecidos...

A flor terá sempre o seu valor

Na beleza que deixa os olhos
E vai morar no coração...
E no perfume que embriaga a razão...

A flor cresce e fenece.

Está presente na beleza do nascer
Dos que chegam à Vida
Para realizar o milagre de viver.

A flor enfeita o adeus que escorreu

Na lágrima dos que se despedem e choram
A dor da partida, doída,
Do que, inerte, faz que adormeceu.

A flor vive na vida todos os tempos... 

Quando nasce, já está morrendo...
Quando morre, já está renascendo...
E quando cai,  é só uma imagem que vai...

Flor no galho, beleza em ação;

Flor no chão não é em vão...
Alimento da terra e da Criação...
A flor ressurge em cor e paixão... 

Assim são todas as coisas

Chamadas do mal ou do bem...
Adormecem, mas acordam...
Reciclam a Vida no seu vai e vem...

Pessoas são flores:

Apontam nos galhos,
Muitas desabrocham em seus  olores.
Descartadas, viram frangalhos,
... De cena retiradas,  pisadas...
Mas não morrem... Ressurgem das dores
E explodem em novos fulgores,
 Em novo amanhecer...
...

... Para não deixar a Vida morrer!


Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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