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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

"VINDE A MIM AS CRIANCINHAS..."


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Um Novo Ano

Se em mim bate a desconfiança 
num amanhã mais feliz,
pouso os olhos na criança
e bebo o que ela me diz

quando quebra a escuridão
e com franco riso vem
alumiar-me a solidão,
fazendo-me rir também.  

Que a criança me abençoe
na candura que ela traz
e que esse dulçor me doe 
a fé num mundo de Paz.

Aos petizes nosso Amor,
flor tão bela, flor da Vida,
que um petiz é como a flor,
mais bela, se mais querida.

Acordo a criança que fui,
pois vale a pena sonhar
a infância que ainda flui
quando me ponho a brincar.

(Regina Coeli, 31-12-2014)


Pintura de Penny Parker































TEMPO DE NATAL
(Para Maya, nascida em 20-11-2014)

Versos simples e singelos
não vieram lá do céu
nem são presentes tão belos
como os do Papai Noel.

Estes versos louvam a Vida,
a vontade de viver
e uma ânsia desmedida
de fazer acontecer.

Versos cheinhos de Amor
cantam luzes de Natal
que piscam por sobre a flor
nascida num hospital.

Uma flor pequenininha,
pouco maior que um botão
que a mão do papai continha,
transbordando o coração.

Era uma flor-passarinho
que voou precocemente,
mas voltou de novo ao ninho
pra crescer completamente. 

Ao ninho da mãe querida
não mais podia voltar,
assim, num outro acolhida,
cuidou asas pra voar.





Um passarinho que é flor,
uma flor que é um passarinho...
Imagens doces do Amor
que cria os seres no ninho.

Uma flor busca o jardim,
a ele vai enfeitar.
Um passarinho em festim
contente sai a voar.

Quem ela é, afinal?
Uma flor ou um passarinho
que chegou para o Natal
e o hospital é o seu ninho?

Levinha feito uma pena,
flor-menina quer voar
pra sua casa e, serena,
no seu bercinho sonhar.















Um coral de passarinhos

solfeja olhando pro céu
e flores ornam os caminhos
que trazem Papai Noel. 

Olhares fitam o Infinito,
altar da sublime Fé,
nos corações faz-se um agito,
é o mar subindo a maré.

Eis que vem Papai Noel,
com um sorriso de Amor
traz um presente de mel
num saco em forma de flor.















Abre o saco devagar

com mãos plenas de bonança,
fazendo dele escapar 
o pássaro da Esperança,



que volteia sobre o mar,
pousa na areia da praia,
tem no bico flor do amar,
pequena, de nome Maya.

Tenra flor, uma menina,
flor-boneca, já guerreira,
lutar tem sido sua sina
pra viver a vida inteira.

Abre as pétalas a flor,
é hora de perfumar
todo um jardim sonhador
da Mãe-Vida em seu passar.







Foto de Karen Wiltshire


Maya vibra de emoção,
dorme feliz em seu ninho
no compasso da oração
do canto do passarinho. 
















Um beijo com amor e carinho,


(tia-avó da menina Maya, que a abençoa)
Rio de Janeiro/RJ, 25 de dezembro de 2014.






OLHA AÍ O ZÉ...
(05-02-2014)

O Zé chegou já fortão,
caminha pra 1 aninho,
é alegre e fanfarrão
com cara de menininho.

Coloridamente vai 
metendo sua mão na terra,
com água a sujeira sai,
sem choro, barulho ou guerra.

Criança meiga e feliz,
cada dia é um novo dia
que o Zé pensa, mas não diz,
pra ele se encher de alegria.

Ficou forte o Zé Sapinho,
coaxando em qualquer lagoa,
lindo e esperto garotinho
faz da vida vida boa. 

Vive em meio à natureza,
com seus cães ele sorri,
sente que a Vida é beleza
e desfrute aqui e ali.

Saber não sei se é sapeca
O Zé, madeira de lei,
mas sei que come panqueca
e gosta, ah, isso eu sei.


Um beijo, Zé, com amor e carinho, da sua tia-avó, que o abençoa.
Rio de Janeiro/RJ, 31 de dezembro de 2014.




TU, JOAQUIM
(16-12-2013)

O mundo poderá passar sem mim,
que sou ocaso olhando a imensidão,
lembrando a flor que fui no meu jardim,
hoje tão murcho em exaurido chão...

... Mas quando vens, engalanada a Vida
renova as folhas, pinta cada flor
na tela da paixão reverdecida
às suaves tintas desse teu alvor.

Chegas sereno à luz da fresca aurora
que é teu abrigo ao deslizar dos dias;
sejam também portais da tua hora
as brincadeiras, risos e alegrias.

Vens tu, criança, para me encantar
os olhos baços já por tantos sóis
no viés do tempo; sob a luz do luar,
em serenatas a esquecer bemóis.

Dou-te o sorriso meu, o mais aberto
e o mais feliz de muitos já sorridos,
sonhando-te um caminho o mais liberto
por cânticos de fé aos teus ouvidos.

Que os Céus salpiquem sobre ti estrelas,
muito mais belas com o teu dulçor,
e havendo em ti desejo de entendê-las,
compreenderás, Joaquim, o que é o amor... 
  

Com o carinho e o amor da titia-avó,
que o abençoa.
Um beijo.

Rio de Janeiro/RJ, 17 de janeiro de 2014.





CLARA
(27-05-2003)

e


ANDRÉ

(04-09-2006)

Chegaram há algum tempo

essas ricas estrelinhas
que adotam por passatempo
no Céu traçarem suas linhas.

Vivem do amor dos seus pais,

do carinho dos avós,
tios e primos, tantos mais,
não os deixam ficar sós.

Já sentem o que é despedida

e o sabor da comunhão.
Sabem que a dor da partida
atraca no coração.

Mas sabem também que a hora

tece o bordado do amor,
e aquele que no hoje chora,
no amanhã mata sua dor.

São crianças, inda o são,

vão seu mundo construindo,
mas seus traços brilharão
no Céu de lábios sorrindo.

E essa boca me sorri

em favos de puro mel
nas crianças que senti
vibrando da Terra ao Céu.


Com carinho e Amor da sua tia-avó, que os abençoa.

Um beijo.


Rio de Janeiro/RJ, 31 de dezembro de 2014.




terça-feira, 23 de dezembro de 2014

SAUDAÇÕES NATALINAS: María Sánchez Fernández (Espanha) & Regina Coeli (Brasil)


















UN LUCERILLO QUE SUEÑA
Por María Sánchez Fernández







Una estrella se ha vestido
con blanco traje de cola
y está cantando una nana
a un lucerillo que llora.

“Duerme, lucero chiquito,
duerme en brazos de la aurora;
la noche te ha regalado
susurros de plata y sombra”

Y el lucero se ha dormido
y sueña con caracolas;
con risas blancas de nieve;
con arrullos de palomas.

Y sueña que un pesebre
un pastorcillo le adora


Del libro infantil Retablo de Navidad – Úbeda 2002
Autora – María Sánchez Fernández
Ilustración – Internet

RESERVADOS DERECHOS DE AUTOR





UMA ESTRELINHA QUE SONHA
Por Regina Coeli
(ofereço com amizade e amor à poetisa e amiga Maria de España)


Uma estrela pequenina
sonha sonhos de Natal:
ver Noel dobrar a esquina
trazendo o amor fraternal.

Mas a estrelinha bem sabe
que o amor nasce na gente
e pra que nunca se acabe
pede amor constantemente!

Nos seus sonhos de menina,
a estrelinha sonha Luz
pra aquele que peregrina
alheio ao porquê da cruz.

A estrelinha então sorri,
no céu derrama seu brilho,
enquanto anjos, cá e ali,
solfejam em estribilho:

— Natal para a humanidade
despertar e ser feliz,
buscando a Luz da verdade
no que se faz ou se diz.

Um clarão acende o céu
com notas de Amor e Luz,
e a estrelinha ouve Noel
anunciar: — Chegou Jesus!

ENTRELACE POÉTICO: Sylvia Cohin & Regina Coeli
















« Simples Versos »
Sylvia Cohin
« Versos Simples »
Regina Coeli

Versos simples vão além
e com tamanha candura,
que o compasso da ternura
a pulsar arritmia,
inunda o peito de quem
se faz plena sintonia...

Simples versos vão aquém 
da vontade de querer  
amar como o amanhecer,  
que em carícias majestosas
acaricia tão bem
gentis e cheirosas rosas...

Simples verso é porta-voz,
liberto até da razão;
É solfejo de emoção
que nasce do fundo d'alma
à procura de uma foz,
e seu abraço que acalma...

Verso simples tem sua voz,
baixinho pede passagem
e com candura e coragem
estende os braços na rima,
espana os impuros pós
e abraça o verso que ensina...

Versos simples são lamúria
a revelar a tormenta
São mansidão que apascenta,
enquanto pofia paz...
São gemidos ou luxúria
que incandesce e faz-se audaz.

Simples versos calam fundo
quando vêm para falar
da beleza de um olhar,
do canto do passarinho,
perdidos no breu de um mundo
sem asas e tão sozinho...

Verso assim não tem pudor
daquela rima travessa,
inda que desobedeça,
ao rigor de quem propala
o seu «crivo» inibidor... 
Mas é voz que ninguém cala!

Assim é verso maneiro,
diz o que pensa e o que quer
para um homem ou uma mulher,
imitando uma oração
que em ofertório primeiro
se sagra no coração!

Verso simples, sem ciência,
é sentimento que emana...
Se desdenha a filigrana
com seu jeito de 'simplório',
mesmo assim é confidência...
E tão simples, jaz inglório.

Simples verso, com decência,
é sentimento que voa
e suave poesia entoa
sem firulas, rapapés,
sem qualquer maledicência,
na glória dos próprios pés.


Sylvia Cohin
Brasil, 20/08/2009

Regina Coeli
Rio de Janeiro (RJ), 10-09-2009



INESQUECÍVEL DUETO: Sá de Freitas & Regina Coeli

Art by Sapeka
















ALGO
Sá de Freitas

Algo forte a vibrar bem mais que a própria vida,
Cá no meu coração há muito já palpita...
É algo - assim de forma tão bem definida -
Que se agiganta, eu sinto, e tão febril se agita.

Não pude, como devo, descrever ainda,

Este algo em meu ser, que vive submerso
Qual jóia preciosa, requintada e linda,
Rica demais pra expor-se num singelo verso.

É algo impetuoso, indômito, incontido,

Que me mantém feliz, deixa-me embevecido,
Num mundo que somente a minha alma vê.

É algo que extrapola o meu entendimento,

Porque Infinitamente é grande o sentimento,
Que existe nesse amor que sinto por você.




ALGO
Regina Coeli

Algo nos chega assim sem se anunciar,
Instala-se na gente sem pedir...
Pode ser brisa fresca a extasiar
Ou furacão atroz a nos destruir...   

Algo que vem a alma acalentar,
Ninando ao peito o sonho de sorrir,
Não seja a máscara de um cruel fingir
Que encanta e assombra em noites de luar... 

Algo haverá que chegue sorrateiro,
Queira fazer de mim um ser brejeiro,
Respondendo sincero ao meu "Por que?..."   

Ah, se eu pudesse ter algo que viesse
Num querer bem que muito me quisesse
Escondido em alguém como... você!

Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
________


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

SONHARES POÉTICOS: Victoria Lucía Aristizábal (Colômbia) & Regina Coeli (Brasil)

















SUEÑO AMIGO
Victoria Lucía Aristizábal

Aúno mi nostalgia a tu paisaje
Que embellece tus predios tan divinos
Y amalgamo con ellos los caminos
Pues son sueños de amor y de linaje

Esconderé mi dolor entre el ramaje
Y el romántico verde de los pinos
Que rondando tu casa me imagino
Te hacen eco a los místicos celajes

Cuando nazca la luz en los oteros
O el crepúsculo invada los senderos
A tu luna le dé su claridad

Aspira esta paz inigualada
Y eleva en tu parcela bien amada
El sueño amigo de mi soledad



SONHAR
Regina Coeli

Põe nos cabelos uma flor bonita
E deixa tua beleza fulgurar
Na cintilante luz do teu olhar
E em teu sorrir de mágica infinita.

Tu és o Amor em mansidão bendita,
Surfando as ondas lúdicas do mar
E com as brisas indo se abraçar
À imensidão que só o sonho imita.

Veste tuas asas, pássaro cantante,
Solfeja sobre reis, sobre plebeus,
As lindas notas do teu peito amante

E vem tocar os murchos sonhos meus
Com essa flor de rubro exuberante
Pra eu rebrotar num chão de muito adeus...

DUETO: José Geraldo Martinez & Regina Coeli


Bela Arte de Simone Czeresnia



















UMA FOLHA SECA !
José Geraldo Martinez

Uma folha ao vento quisera ser
de um frondoso Jequitibá.
Deixaria o vento me levar...
por sobre meu recanto e depois
no infinito que Deus quisesse,
onde ninguém se
importaria com uma costumeira ventania,
senão os meninos com suas pipas
no céu que avermelharia !
Poeira na estrada...
caminho de boiada.
Passaria nas janelas, beijaria as cortinas
e roçaria as verdes campinas...
Uma pequenina folha seca !
Cruzaria rios e cercas,
subindo por sobre o mar em rodamoinho,
voando com os passarinhos em alegria...
Poderia ser, ao som de Ade Schubert, Ave Maria !
Por vezes, deixando o rio me levar
e até à encosta me entregar.
Esperar o sol me secar  e voar , voar...voar !
Chegar no outono do Central Park,
depois , aos gramados ingleses.
Em qualquer lugar da Suécia.
Viajar o mundo pequenino,
bolinha azul perdida no espaço...
Às ruínas da antiga Grécia !
Um breve repouso sobre as
pontes pequeninas na Holanda,
em Bruges, na Bélgica .
Brincaria nas savanas africanas ,
subiria as escadas romanas,
ao infinito que Deus quisesse...
O mais longe que pudesse !
Uma pequenina folha seca
de um frondoso Jequitibá...
Até um dia voltar
por sobre o céu oceânico ...
Ao chão, suave, pousar na terra
de qualquer roceiro
e tornar-me adubo orgânico !
Ajudar brotar a vida em meu
derradeiro descanso, ao morno
banho de sol...
em baixo de um Jequitibá,
em meio a um grande campo
de girassol !
Uma folha ao vento quisera ser...
Sem nada em comum e que todos a levassem, com bem querer,
aos sonhos de qualquer um...




UMA FOLHA SECA !
Regina Coeli Rebelo Rocha

Folha qualquer sou eu...
Seca, despencada, caída
no chão, pisada e pelo vento varrida...
Folha do galho expulsa, largada
Função chegada ao fim, terminada
Folha quase morta, serei eu?...

Folha qualquer sou eu...

Ciclo acabado, perdi o rumo
Na rua, no lixo, quase sumo
O que faço, perdi meu passo!
Sou folha solta, sem laço
Folha quase morta, serei eu?

Folha qualquer sou eu

No chão acabei, não voei
Quis subir, falhei...
Tentei, não consegui
Cansada, finalmente adormeci...
Folha quase morta, serei eu?

Dormindo... sonhei

Sonhei que eu era uma folha tal
Seca, mas uma folha muito especial
Lá do alto de um frondoso jequitibá
Uma folha com vontade de voar
Voar, voar livre, sem lei... E... voei!

Voando, voando em alturas altas

Apreciando todos os lugares
Cruzando ares e azulados mares
Atravessando prados e campinas
Avistando flores ainda meninas
Eu era uma folha argonauta!

Eu era uma pequenina folha livre

Libertando voos tão sonhados
Voando sem tempos marcados
Brincando com os passarinhos
novatos, ainda em seus ninhos...

Eu era uma folha-viajante

Sem malas ou bagagens
Eu era uma folha-coragem
Segura na cauda do vento
Sem lenço, sem documento...

Eu era uma folha feliz

deslizando sobre os rios
que mais pareciam colchas em fios
fiados com raios de sol e à luz do luar
convidando uma folha pra deitar...

Até que cheguei a um campo

de girassóis... tão cheio
coroando todos os guardados anseios
de uma alma-folha sonhadora
de prazeres do ar, catadora...

Plantado imponente no meio das flores

Ele, meu supremo prazer...
Um pé de jequitibá?! Não havia de ser!...
Aos seus pés eu ia cair...
Folha seca, úmida de vida, pronta pra dormir...

Então, folha seca e caída que eu era

acordada fui pela vassoura de um gari
que nem sabia que eu estava ali...
Não sabia do meu sonho nem de mim...

Não me ouviu chorar baixinho

suplicando por um cantinho
por um derradeiro lenitivo balsâmico:
qualquer pedacinho na terra
pra virar adubo orgânico...

Pela rua fui varrida, sofrendo ...

Fui-me rasgando e desaparecendo
Pedaços de mim se espalhando
Memórias pelo chão iam ficando
 Sonho acabando, chorei...
Finalmente...
...
... acabei!

ENCONTRO DE SENTIRES: Eugénio de Sá (Portugal) & Regina Coeli (Brasil)


Personalíssima Arte de Simone Czeresnia


Foi um quase chegar…
Eugénio de Sá

Era c'o um “se” que sempre me afastavas
Sempre um “talvez” travou a nossa vida
Eu, mal chegava, já estava de partida
Tu, hesitante em dizer que me amavas.

Tangemos ao de leve a felicidade
Nunca a soubemos ver como possível
Pois sem um forte crer não será crível
Que d'incertezas nasça uma verdade.

E assim, ao rés do amor fomos andando;
- Era estar preso ao cais mas sem amarras -
Tu, parecendo anuir, sempre adiavas
Eu, sempre mil entraves vislumbrando.

Pra ti,  foi só um bem…que suportavas
Pra mim, quiçá prazer…que fui levando
- Foi um quase chegar, nunca alcançando -
Pra nós foi um voar privados d’asas!


Um quase chegar...
Regina Coeli
(voando na bela inspiração do poeta Eugénio de Sá) 


Pobre daquele que provou o “talvez”,
A dúvida com travo de agonia
Da noite mística envolvendo o dia
Ensombrecidamente sem porquês...

Ao longe os cantos, um de cada vez,
Ecoaram à despedida da alegria
Na partitura a se vestir sombria
De notas com requinte de mudez.

O que é estender a mão... e não pegar,
E ainda sorrir da sorte onipotente
De sentir dentro o amor... sem desfrutar?

Ó noite, faz de mim um alguém contente:
Dá-me um beijo com hálito de luar
E deixa o sol cobrir-me ardentemente... 


Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
Brasil - 2013