Arte Oniricamente Linda de Cleide Canton
O ALITERAR DOS SONHOS
Ruth Gentil Sivieri
Voando, os sonhos vão com o vento
Voejando no espaço vão voando
Libertos, leves e livremente lindos
Papéis picados soltos pelo espaço.
Saltitando saem sempre aos bandos
Procurando pousada ou piso firme
Nos galhos já bem falhos dos atalhos
Ou nas nuvens novas em nuance.
Sonhos sonhados e às vezes sem saída
Ora rutilam, rasgando ares em rumores
Ora opacos ou opalinos, ora ofuscantes
Bandeando e buscando a breve brisa.
Dançam dadivosos os sonhos dançarinos
Bailam bêbados a bafejar em balbúrdia
Fazendo festa e faceiros já em fadiga
São eles verdadeiros bailarinos.
Regina Coeli
Sonhei-me em versos puros, bem rendados,
Dos sonhos degustei gostoso mel.
Borboleteei a flor placidamente
E dela hauri oníricos pecados.
Tão amorosa, me entreguei ao céu,
Nas nuvens ancorei bonitos sonhos
E acreditei brilharem as estrelas
O brilho dos meus versos de papel.
Sonhando sonhos, escrevi sonhando
E desfolhei em rimas a poesia
Mais bela e pura que o Amor ditou
Aos sonhos meus, de lírico os mesclando.
Hoje vazia, raro o verso vem
E eu já não sonho os sonhos que sonhei,
Somente outros, sonhados noutras mentes:
Agora eu sonho os sonhos de outro alguém.
SONHOS DORMENTES
Cleide Canton
Dormitam sonhos plenos de ternuras
no manso alar das asas dançadeiras,
vestindo a cor brilhante das alturas,
sem o funesto cheiro das poeiras.
Dormitam, sim, bem longe da fumaça
e do calor da terra em desalinhos,
no vislumbrar do tempo que não passa
para o aconchego eterno dos seus ninhos.
Vestem dourados nos celestes mantos
sobre os azuis da velha fantasia,
sem macular o branco dos encantos
que já escondeu o véu da nostalgia.
Dormitam sonhos cheios de esperança
no amanhecer repleto de esplendor,
sem os desejos cegos de vingança
por seus algoz perdido em desamor.
São Carlos, SP/ BR, 29/11/2015
12:57 horas
Tão Queridas Parceiras e Amigas Ruth Sivieri e Cleide Canton
ResponderExcluir(Ruth e Cleide):
Que Belo e Alvissareiro faz-se o Dia
Sedosamente a refletir o Verso
Amigo, Flor de Amiga Parceria
A oferecer suas Letras ao Universo!
Mãos estendidas, Dádivas de Amor,
Do chão elevam-se macias cores
Torneando Sonhos, Mágico Esplendor
De abrir Sorrisos no chorar da dor.
Não se detém o Sol, Calor e Vida,
Nem arrefece a gana de brilhar
Por sobre a Flor na lama sucumbida
Nem sobre corpos... mortos... sem falar...
O verso traz em si nova Esperança,
Sublime Luz a alumiar a Terra,
Facho divino, riso de uma Criança
Que faz do Poeta a luz que a Luz encerra.
A Terra morre tão desiludida,
Em meio a tapas, socos, pontapés,
Mas vive o Verso em cada mão sentida
Em onda terna ou a escrespar marés.
O Verso Amigo dá-se docemente
À Parceria que acalenta a Alma
E acena aos Sonhos, que o aguardam à frente,
Na Poesia que consola e acalma.
O Carinho, o Abraço e o Agradecimento de Regina Coeli.
Rio de Janeiro/RJ, 1º de dezembro de 2015.
Lindo demais, amiga querida!
ResponderExcluirSinto-me feliz, muito feliz junto a vocês, amigas do coração: Regina Coeli e Cleide Canton
Meu carinho e vibrações de muito amor.
Beijo suas mãos, amigas!