sexta-feira, 8 de maio de 2015
ALTIVA RUBRA ROSA
Banhada pelo sol, amadurece.
Perdida a virgindade, o seu botão
Entrega-se à feliz contemplação
De quem fez dele rosa, e sempre a aquece.
Viceja no sublime de uma prece
A rosa, mercadora da ilusão
De um certo olhar, que a prende em sua mão,
Jamais morrer na hora que anoitece...
Ao vê-la com as pétalas murchando,
Sozinha no raminho, tão esquecida,
Mas seu entorno ainda perfumando,
Fiz dela o meu símbolo de Vida
Vendo-a chorar, enquanto eu, sangrando,
Beijava-lhe o espinho, enternecida.
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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