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sábado, 21 de dezembro de 2013

Vida Minha


Quero-te no esplendor da fresca madrugada 
Sentir de ti o amor aceso em mim vibrando
Como se fora o fim de um ciclo se fechando,
Mas já surgindo a flor ungida e perfumada.

Quero-te à beira-mar como onda encapelada
Rugindo os teus lençóis em cios, espumando
Em águas para o sol, sorrindo a um novo quando
Que chega com prazer na flor desvirginada. 

Quero-te num sentir maior do que o sentir
Sendo pra ti refém, amante dos teus dias,
Fechada em tua prisão, mas livre pra partir.

Quero-te, Vida-Mãe, e além das cercanias 
Da Terra, mar e céu, tu estás, doce elixir 
Que amo e bebo no olhar, enquanto me vicias!

Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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