Quero-te no esplendor da fresca madrugada
Sentir de ti o amor aceso em mim vibrando
Como se fora o fim de um ciclo se fechando,
Mas já surgindo a flor ungida e perfumada.
Quero-te à beira-mar como onda encapelada
Rugindo os teus lençóis em cios, espumando
Em águas para o sol, sorrindo a um novo quando
Que chega com prazer na flor desvirginada.
Quero-te num sentir maior do que o sentir
Sendo pra ti refém, amante dos teus dias,
Fechada em tua prisão, mas livre pra partir.
Quero-te, Vida-Mãe, e além das cercanias
Da Terra, mar e céu, tu estás, doce elixir
Que amo e bebo no olhar, enquanto me vicias!
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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