A aurora chega e traz lindo sabiá,
Envolto na florida primavera,
E o seu cantar é vívida quimera
Que se torna verdade frente o olhar.
São sons angelicais que vêm de lá...
Espalham-se por cá... Ah, quem me dera
Alçar a voz além dessa tapera,
Que é a minha garganta em dó, sem fá...
Que tragas, ó sabiá da laranjeira,
O fulgor do laranja do teu peito,
Pra colorir de Amor a vida inteira...
E quando eu descansar no triste leito,
À espera de uma aurora alvissareira,
Vem junto, ó sabiá, só do teu jeito...
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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