Não haverás de ser o que eu quisera,
Então de ti me aparto lentamente
E em mim te tornas muito mais ausente
Quanto mais sinto que és uma quimera.
Devanear-te eu ouso, sim, pudera!
Que aquele que inda sonha o que bem sente
Vive no etéreo a vida a dois, somente
Numa ilusão de triste e cega espera.
Querer-te... tanto eu quero, mas não devo
Imaginar-te perto dos meus dias
Como um final feliz ao meu enlevo...
Por isso, amor, viver de fantasias
É só o que tenho, e até dizer me atrevo
Que eu escapei de ti, mas já fugias...
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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