Encastelada em sonhos, eu sonhei.
No corredor da minha fantasia,
Tão grande o mar, a mim não negaria
Só uma onda, eu súdita e ele um rei.
Foi tanto, tanto tempo que esperei...
Dia após dia, o sol vinha e partia.
A lua pelas noites se perdia.
Até que, finalmente, me cansei.
Quem sabe a dor da espera vá matando
A fome de quem vive de esperar
E mate na raiz um novo quando...
Não será! Se hoje o mar no seu ondear
Já não me vê na areia o esperando,
Suave rio tomou o seu lugar.
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
___________
Nenhum comentário:
Postar um comentário