Quem sabe, em bela sala, eu a cismar
No acolchoado macio dos sofás
Ouvindo o crepitar do fogo em ais
Lambendo em chamas todo um esperar...
Um amor que conjugou o verbo dar
E feneceu nas cinzas de um jamais;
Vencido em suas mágoas lá de trás,
Esquivou-se a um futuro em seu raiar...
Não cabe nem à porta meio aberta
Nem à sacada fria da mudez
Testemunharem triste descoberta:
Pudesse eu te esperar a cada vez
Numa choupana rude, sem coberta
Amando eternamente... sem talvez!...
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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