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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Assim...


Podem passar os dias sem brilhar.
Podem as noites sonegar perfume.
Eu viverei apenas do teu lume,
E, sempre, em mim teu cheiro há de ficar. 

Saiam jangadas cedo para o mar,
Mãos em adeus libertas de ciúme,
Voltem vazias as redes do azedume
De nenhum peixe pego pra contar... 

Na areia a te esperar, ó meu amor,
Eu já não sei se voltas para mim,
E o que me chega é esta imensa dor... 

Terra vazia, rosa sem jardim,
O mar... uma jangada a decompor...
E a morte a decompor-te em mim... assim... 

Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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