Ao ver-te bela, rosa na roseira,
Sentindo o teu perfume sem igual,
Pensei como é injusto e desigual
O reparte de tudo a vida inteira.
Tens beleza de um hino angelical
Cantado desde a pétala primeira
Até a final, pintura verdadeira
A transformar em tela o roseiral.
Teus são os olhares prenhes de desejos
De quantos cruzam esse teu caminho
Embriagados e mortos por teus beijos,
Enquanto o meu viver é tão sozinho
E, de ti, minha rosa em dons sobejos,
A vida deu-me simplesmente o espinho...
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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