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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Sem Malas


Limpei as gavetas, o lixo tirei,
Com olhos abertos, em cada cantinho
Mexi com cuidado, toquei com carinho,
E as boas lembranças... com elas fiquei.

Revi minha vida, sedenta de lei,
E cada minuto passado sozinho,
De cada gaiola soltei passarinho
E o que não servia nas malas botei.

Agora mais leve, só as malas pesadas,
Aguardo bem calma chegar minha vez
Pra ir, peregrina nas minhas jornadas,

Sem hora sabida, sem dia nem mês,
Sem nada, contudo de mim retiradas
As malas que ficam com a dor e o talvez! 

Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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