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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A Solidão de Uma Flor


Ah, solitária flor em alma doada
Às fúlgidas manhãs de sol nascente
E às madrugadas embalando gente
Que toca o sonho em lírica toada... 

Sorriso destoante na braçada

Sufoca um pranto mudo e penitente
No anseio por um fogo incandescente
Pra arder suas pétalas, fazendo-a amada. 

Sôfrega mão se estica pra pegá-la

E ela se entrega, lúdica de amor,
Mas morre seca em desalmada sala. 

O que é a felicidade pra uma flor?

Plena em perfume a quem acariciá-la,
Faz desse olhar o tom da sua cor. 

Cartas de alforria

Escritos de Regina Coeli
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