Ah, solitária flor em alma doada
Às fúlgidas manhãs de sol nascente
E às madrugadas embalando gente
Que toca o sonho em lírica toada...
Sorriso destoante na braçada
Sufoca um pranto mudo e penitente
No anseio por um fogo incandescente
Pra arder suas pétalas, fazendo-a amada.
Sôfrega mão se estica pra pegá-la
E ela se entrega, lúdica de amor,
Mas morre seca em desalmada sala.
O que é a felicidade pra uma flor?
Plena em perfume a quem acariciá-la,
Faz desse olhar o tom da sua cor.
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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