Pobre daquele que provou o “talvez”,
A dúvida com travo de agonia
Da noite mística envolvendo o dia
Ensombrecidamente sem porquês...
Ao longe os cantos, um de cada vez,
Ecoaram à despedida da alegria
Na partitura a se vestir sombria
De notas com requinte de mudez.
O que é estender a mão... e não pegar,
E ainda sorrir da sorte onipotente
De sentir dentro o amor... sem desfrutar?
Ó noite, faz de mim um alguém contente:
Dá-me um beijo com hálito de luar
E deixa o sol cobrir-me ardentemente...
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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