Como aragem suave me chegaste,
Seduzindo-me a cor em meu matiz,
E ao balançar o meu botão na haste,
Fizeste-me uma planta mais feliz.
De forma sublimada me roçaste
E tão dengosamente assim te quis,
Vibrei de amor por ti, por mim vibraste,
E estremeci-me, fundo, na raiz.
Inebriada, envolta em sentimento,
Amava... eu cada vez te amava mais,
Até que a tua brisa fez-se vento
Que arrancou-me do chão nos vendavais
A transformarem sonhos no lamento
De, nunca, rosa eu ser em teus rosais!
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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