Foi minha sina eu desejar a flor
Airosa e bela nos jardins dos dias
De um chão de adubo em ledas fantasias
E ver chegar botão mirrado e sem olor...
Viver nas nuvens, no ar ou onde for;
Arar o chão, mas ter as mãos vazias,
Num revelar de inférteis cercanias
De onde pensei colher a flor do amor...
Admirando o céu, no mar nadando
Nada chegou a mim... nem um talvez...
E hoje não creio mais num novo quando...
Aquela flor é a minha calidez
A vicejar, enquanto completando
Vou o que falta até chegar-me a vez!
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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