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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Dor de Amor


Talvez o Tempo te revele o quanto
Me aperta o peito, em entristecer intenso,
Cruel saudade quando em ti eu penso
E dela eu faça o meu maior encanto... 

Talvez não possas compreender o tanto
De um grande amor se revelar infenso, 
Quedar-se em pranto, mas sem ter um lenço...
Vibrar feliz, mas bocejar quebranto... 

Será, Meu Deus, a me lembrar Camões,
Que a minha dor me crucifica e eleva?
Se o meu chorar faz-me abrandar senões, 

Floresça o amor que a minha sina ceva,
Banhado em lágrimas e até ilusões,
Aleia em flor que a te encontrar me leva! 

Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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