Amei-te no perfume delicioso
Brotado dos teus versos bem faceiros
Cheirando ao doce tom dos jasmineiros
Floridos num passado esplendoroso.
Nas rimas evolavas um dengoso
Aroma, e em teus balanços seresteiros
Embalavas-me os sonhos nos canteiros
Do teu poema lindo e tão amoroso.
Aos poucos teu silêncio foi chegando
E a rima, que cantava e me sorria,
Não tinha mais olor me inebriando.
Acaso me perdi da fantasia
Ou, aberto o teu frasco a um novo quando,
Deixaste evaporar a poesia?
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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