Não há de ser banal qualquer espera
Daquele que se quer, e que não vem;
A dor da ausência dói em todo alguém
E, por amor, cansada diz: - "Tolera!”...
Se alguma voz, por muda, dilacera
E traz-te um pranto à falta do teu bem,
Ai, dói profunda ausência em mim também
E a sinto como escárnio de quimera...
Minutos que machucam como açoites...
E as horas vão ficando tão sombrias...
E os olhos acham nada nos pernoites...
Ah, se eu pudesse... triste não serias...
Dava-te a solidão das minhas noites
Pra beijar a saudade dos teus dias!
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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