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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Vassoura


Cantar o mar, poesia imorredoura,
Já o cantaram ilustres menestréis
Ao sabor encantado das marés
Em rima que o deus sol bronzeia e doura.

Poeta em tom menor, canto a vassoura,
Que investe sobre o lixo aos nossos pés
Com piaçavas valentes e cruéis,
Limpando, alegre, até o que nos agoura.

Elevo a nota e louvo a sua história
No esforço de deixar bem limpo o chão,
Seguindo a mão que a faz chegar à glória.

Só não pudeste, agora saberão,
Fazer-me limpa, livre na memória,

Do lixo que sujou meu coração...

Cartas de Alforria
Escritos de Regina Coeli



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