Um velho pai, um velho e nada mais,
Alquebrado, vencido e sem juízo,
Ontem e hoje, um homem tão sem siso,
Que não sabe o que fala e o que faz...
Deixar-te, ignorar-te, isso jamais!
Segues comigo pelo chão que eu piso,
São tantas queixas e tão pouco riso
Desde um tempo que trago lá de trás...
Se pode um outro falho coração
Atrever-se, quem sabe, a perdoar,
Eu me perdôo, pai, tanto te amar!
E esse Amor, um jardim em floração,
Perfumará de afetos o empecilho
Que fez de ti, meu pai, meu doce filho!
Cartas de Alforria
Escritos de Regina Coeli
Minha Regina
ResponderExcluirNão sei, como você, colocar o coração na ponta dos dedos, dividindo emoções, mas sei que papai sempre sentiu todo seu amor e de-
dicação, mesmo quando tudo parecia impossí- vel... Você fez bem mais do que imagina ter
feito, irmã querida. Você o amou, simples -
mente. Sua poesia é o documento de adoção.