Web Statistics

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Meu Pai, Meu Filho!




















Um velho pai, um velho e nada mais,
Alquebrado, vencido e sem juízo,
Ontem e hoje, um homem tão sem siso,
Que não sabe o que fala e o que faz...

Deixar-te, ignorar-te, isso jamais!
Segues comigo pelo chão que eu piso,
São tantas queixas e tão pouco riso
Desde um tempo que trago lá de trás...

Se pode um outro falho coração
Atrever-se, quem sabe, a perdoar,
Eu me perdôo, pai, tanto te amar!

E esse Amor, um jardim em floração,
Perfumará de afetos o empecilho
Que fez de ti, meu pai, meu doce filho!



Cartas de Alforria
Escritos de Regina Coeli

Um comentário:

  1. Minha Regina

    Não sei, como você, colocar o coração na ponta dos dedos, dividindo emoções, mas sei que papai sempre sentiu todo seu amor e de-
    dicação, mesmo quando tudo parecia impossí- vel... Você fez bem mais do que imagina ter
    feito, irmã querida. Você o amou, simples -
    mente. Sua poesia é o documento de adoção.

    ResponderExcluir