
Vão-se pessoas, dias, meses, horas
Atravessando a linha do horizonte
Pra algum lugar que, tão bonito, aponte
Flores divinas festejando auroras.
Quem sabe os ontens, trôpegos de outroras,
Vislumbrem hojes, belos no desponte
Duma paisagem, vista além de um monte,
Que junte os tempos, todos, em agoras...
Quem sabe o sol, ardendo os seus dourados,
Amorne o frio, e a última quimera
Agite aos céus caprichos delicados...
Quem sabe possa ser final de espera
A sonhos já proscritos e sonhados
Num empoeirado livro meu: "Quisera!"
Cartas de Alforria
Escritos de Regina Coeli
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