
Sou só um raio, e vou buscar um mundo
De farta luz a iluminar-me os passos;
No doce enlevo por fiéis abraços,
Vou ser mais forte no meu eu profundo.
A voz do vento eu hei de ouvir ao fundo
Cantando a vida em seus leais compassos
Fazendo coro a corações devassos
Que habitam, belos, um ser vagabundo.
Que vale a pompa, se a atitude é feia?
Pra que o discurso, se a palavra erra?
Não sente o mar quem fica só na areia...
Fazer silêncio ao desamor que berra
É a Luz do Tempo que o Saber clareia
Aos que não passam cegos pela Terra!
Cartas de Alforria (
Escritos de Regina Coeli)
Este é filosófico, mas muito bem escrito, o que já se tornou uma das características marcantes no estilo de versejar de Regina Coeli. Muito bem construído este soneto. Vale a pena recomendar este blog aos amigos.
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