
Que fossem só as luzes espelhadas
A refletirem laivos de magia
Em morros de corcova tão esguia,
Piscando pro chegar das madrugadas...
Que fossem só a lua e suas estradas
A desfilarem olhos de vigia
Por sobre a luta diária que dormia,
Sonhando com auroras deslumbradas...
Que fosse o arvoredo balançando
Folhas sensuais beijadas pelo vento,
Oferecidas, livres, sem comando...
Não é chegado, ainda, o bom momento
Da favela acordar, cantarolando,
Saída do fuzil pro encantamento...
Cartas de Alforria
Escritos de Regina Coeli
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