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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Dou-me Flores






















Nas mãos vazias de esperar, somente
Há pétalas tristonhas e vencidas
De flores de ontem, ah, entristecidas,
Jazendo no meu colo tristemente.

Não são aquelas que eu, ingenuamente,
Imaginei em cores reacendidas...
Estão murchas por novas despedidas
De um amor-nuvem morto à minha frente...

Ao não colher o amor... tão traiçoeira
É a alegria, pisoteando o anseio
Meu de me perfumar de flor inteira...

Semear-me-ei aroma só no enleio
Da mais ínfima flor que planto à beira
Do coração meu, de ilusões tão cheio!
Cartas de Alforria
Escritos de Regina Coeli

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