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sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Minha Ressurreição





















Saio de mim aos céus voando ao vento
Não tenho passos nem me quero braços;
Que se desfaçam todos os meus laços
E me pertença a força de um momento.

Que eu ressurja da dor e do lamento
Como flor que, escondida nos seus traços,
Desponta, airosa, de seus tons escassos,
A colorir o instante modorrento.

Vibre a lira nas notas da canção;
Fluam em cascata as águas do meu pranto
No peito meu de angústia e solidão.

E que eu me livre desse atroz quebranto
Nas ondas infinitas que farão
Meu despertar no que é sagrado e santo!

Cartas de Alforria
Escritos de Regina Coeli

Um comentário:

  1. "E que eu me livre desse atroz quebranto
    Nas ondas infinitas que farão
    Meu despertar no que é sagrado e santo!"
    !!!
    Nada mais a dizer...
    Mas ainda há tempo para aplaudir.
    Gilia

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