
Saio de mim aos céus voando ao vento
Não tenho passos nem me quero braços;
Que se desfaçam todos os meus laços
E me pertença a força de um momento.
Que eu ressurja da dor e do lamento
Como flor que, escondida nos seus traços,
Desponta, airosa, de seus tons escassos,
A colorir o instante modorrento.
Vibre a lira nas notas da canção;
Fluam em cascata as águas do meu pranto
No peito meu de angústia e solidão.
E que eu me livre desse atroz quebranto
Nas ondas infinitas que farão
Meu despertar no que é sagrado e santo!
Cartas de Alforria
Escritos de Regina Coeli
"E que eu me livre desse atroz quebranto
ResponderExcluirNas ondas infinitas que farão
Meu despertar no que é sagrado e santo!"
!!!
Nada mais a dizer...
Mas ainda há tempo para aplaudir.
Gilia