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domingo, 23 de novembro de 2014

ENTRELACE: Regina Coeli & Humberto - Poeta


























Jogo Perdido
Regina Coeli/Humberto - Poeta 

Deixei que te pendurasses
Na parte firme de mim;
A melhor das minhas faces
Mostrei-te em belo carmim. 

O charme com que me brindas
já tem encantos sem fim;
pois tuas faces já são lindas,
não precisam de carmim!

Abri pra ti meu espaço
E te fiz bela canção;
Luzi meu olhar tão baço
Com a luz do coração... 

Bela canção me ofertaste,
em notas tão maviosas,
que da terra me elevaste
para além das nebulosas!  

Pisoteaste meu canteiro
E mataste a minha flor...
Se pra mim eras primeiro,
Muitas tinham teu amor...

Não sei por que estranha lei
nutres mágoa contra elas,
pois o amor com que te amei
jamais dei a qualquer delas! 

Lembrei-me de uma canoa
Da qual eu pulei um dia...
Bonita, e podre na proa,
Muito mais do que eu sabia... 

Se era podre essa canoa
da qual teu ser se safou,
esse alguém te amou à toa,
ou talvez jamais te amou.  

Canoa, canteiro, nada
Vai te fazer entender
Que eu caí numa cilada
Armada pra te prender. 

Não creio, nem boto fé
nessa confusa charada:
que tenhas te feito ré
da tua própria cilada!  

Sem ter vindo, foste embora
Num jogo que se repete: 
Foste o minuto sem hora
Que eu perdi na bola sete!

Sem ter vindo ir-me embora,
é estranho o bilhar da vida;
então te proponho, agora,
jogarmos nova partida!



2 comentários:

  1. Respostas
    1. Humberto Rodrigues Neto25 de janeiro de 2015 às 11:00

      “Olá, Ouverney! É um prazer encontrar por aqui a presença ilustre de tão exímio trovador! E prazer maior é agradecer-te, em meu nome e em conjunto com Regina Coeli, a fineza de tão gentil comentário ao nosso poema "Jogo Perdido"! Deixo-te aqui meu cordial abraço”.

      Humberto - Poeta
      São Paulo/SP

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