DESFOLHANDO
JG de Araujo Jorge
Essa boca, pequena, e assim vermelha,
que ao botão de uma rosa se assemelha,
- quanta vez provocava os meus desejos
desabrochando em flor entre os meus beijos...
Essa boca, pequena e mentirosa,
que diz tanta mentira cor-de-rosa,
- era a taça de amor onde eu saciava
toda a ansiedade da minha alma escrava ...
Beijando-a, compreendia que eras minha...
Meu amor transformava-te em rainha,
teu amor me fazia mais que um rei...
Agora, tu fugiste... E eu sofro, quando
vejo um outro em teus lábios desfolhando
a mesma rosa que eu desabrochei!...
(Coletânea - "Meus Sonetos de Amor " – 1ª. edição, 1961)
que ao botão de uma rosa se assemelha,
- quanta vez provocava os meus desejos
desabrochando em flor entre os meus beijos...
Essa boca, pequena e mentirosa,
que diz tanta mentira cor-de-rosa,
- era a taça de amor onde eu saciava
toda a ansiedade da minha alma escrava ...
Beijando-a, compreendia que eras minha...
Meu amor transformava-te em rainha,
teu amor me fazia mais que um rei...
Agora, tu fugiste... E eu sofro, quando
vejo um outro em teus lábios desfolhando
a mesma rosa que eu desabrochei!...
(Coletânea - "Meus Sonetos de Amor " – 1ª. edição, 1961)
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DESFLORANDO
Regina Coeli
Minha boca, vermelha qual cereja,
Despertava-te anseios de rapaz
De querer, sempre, sempre, e sempre mais
Muito mais do que o mais que se deseja...
Minha boca, serena, a um beijo almeja
Ainda hoje, que amar me satisfaz,
Mas fui barco atracando num jamais
E aquilo que não foi, talvez não seja...
Ao te beijar,
beijavas outro alguém,
Só no meu sonho
eu era tua rainha;
Somente em sonho
eras o meu bem...
Desflorei-me no
tempo, tão sozinha,
E desfolhei tua
boca, que também
No meu sonho,
sonhei, foi sempre minha...
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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