
Um homem sem riqueza; é o que ele é.
Sem títulos quaisquer, sem fino trato;
Que faz da não-violência a sua Fé;
É flor que emerge, linda, em meio ao mato!
Franzino corpo em gigantesca alma;
Palavra rica da garganta alçada;
Sábio silêncio, uma oração que acalma;
Pés com poeira marchando em alva estrada.
Grande desejo de unir as nações;
Busca incessante por sublime PAZ;
Afago sempre meigo aos corações;
Canção eterna a se calar jamais!
Da análise dos fatos pela história,
Emergem sua figura e o seu exemplo,
Envoltos no revés de uma memória:
Tosca veste abraçando um corpo-templo.
Do sangue que escorreu, e ainda escorre;
Do confronto brotando o ódio e o medo,
Ele tombou; um pacifista morre,
Mas deixa viva a luta sem segredo.
Unido a todos, muitos desiguais,
Sublime num Amor que Amor expande,
Repousa no Infinito e nos anais
O Pequeno Grande Homem que foi Gandhi!
Cartas de Alforria
Escritos de Regina Coeli
Preciosa esta homenagem ao grande educador indiano, mas antológico é o verso final deste poema! Esses finais surpreendentes não são incomuns nos poemas de Regina Coeli.
ResponderExcluirExcelente esta homenagem ao grande líder indiano,
ResponderExcluirmas soberbo é o verso final deste poema. Estes finais, de beleza surpreendente, não são incomuns nos poemas de Regina Coeli.