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quinta-feira, 6 de maio de 2010

De Repente...



















Não importa que o sol se tenha ido.
Ele vai, mas retorna logo, em breve,
Que sem ele viver ninguém se atreve,
Longe dele o perdido é mais perdido...

E se a chuva cair num tom sofrido,
Tanto faz seja muita ou seja leve,
Molha a alma , gelada como neve,
Faz doer coração desprotegido...

Assim é, dentro em pouco não é mais,
Belas rosas abertas para o sol
Ficam feias, se a água for demais...

Mas se as mãos, orientadas por farol,
Perfumarem desejos de ter paz,
Rosas tristes rirão ao arrebol!

Cartas de Alforria
Escritos de Regina Coeli

Um comentário:

  1. Regina! Sempre me fascinou o poder de síntese que 14 versos podem oferecer. Nem todos conseguem fazê-lo tão expressivo e lógico. Parabéns pelas imagens que nos dá neste soneto. Beijo Luso

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