
Enquanto a água escorre por calçadas
Lavando as impurezas e o seu pó
Lavo de mim tristeza fria e só
Em letras gotejantes e suadas...
Saio do chão das minhas invernadas
De entulhos bolorentos do meu dó
Agarro a luz na corda de um cipó
E busco iluminar-me nas passadas...
Saio na chuva navegando as águas
Caídas pra emprenhar a Natureza
Até nas gotas vivas sobre mágoas...
Gesto no tempo versos na certeza
De umedecer minhas sentidas fráguas
Parindo, em chuva, gotas de Beleza!
Cartas de Alforria
Escritos de Regina Coeli
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