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sexta-feira, 5 de março de 2010

A Barquinha do Paulinho

Imitando a invenção,
Navegando a alegria,
Ela trazia emoção
E todo mundo sorria...

O tanque cheinho d´água,
Todos juntos, bem juntinho,
Espera sem mal e mágoa,
Pra viver um momentinho...

E lá vem mano Paulinho
Conduzindo o seu tesouro
Não era dono, sozinho,
Daquele brinquedo de ouro...

A platéia, embevecida,
Feliz, tudo acompanhava,
Em cada emoção sentida,
Cada um dono se achava...

Um chumaço de algodão
Em álcool bem embebido
Fósforo aceso e a explosão
Em gritos ao som ouvido...

E, Paulinho, sorridente
Acompanha a sua nau
Aplausos de toda a gente
Que momento especial!

Nas águas, a embarcação:
Linda, bela e majestosa,
Navegando a ilusão
De uma vida cor-de-rosa...

No ronco de seu motor
A barquinha da pureza
Beijava as águas com amor
E toda a delicadeza...

Infância de quatro crianças...
... Paulinho tinha a barquinha
Que levava as esperanças
De mais três numa voltinha...

Meio século é passado
E a barquinha não morreu!
Paulinho, aqui do meu lado,
(Navegando... Relembrando...)
... Ele, a barquinha e mais eu!

Escritos de Regina Coeli Rebelo Rocha
Cartas de Alforria

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