Inesquecível Arte de Sonia Pallone
Fico surda aos sons de fora
Só escuto o som de um violão
Que vem chorar seus acordes
Bem rente ao meu coração
Trespassando o meu presente
Com cordas de solidão...
Brotam meigas sensações
Que embotam os meus sentidos
E eu me transformo em passado
Só com alma, sem ouvidos
Explodo em muitas canções
E em suspiros já vertidos...
E o pensamento se agita
Busca em cada melodia
O Amor em seu esplendor
Na serenata de um dia
Que dormia no passado
E de cá não mais se ouvia...
O pensar tem suas asas
Que voam no relembrar
Trazem junto o violino
E o seu choro... só a chorar
Convidando os sons do piano
Pras suas teclas... teclar...
E eu me perco nas lembranças
Que guardam tanto de mim
Eu recordo tons e sons
Mudos, chegados ao fim
E lágrimas me despertam
Pro momento de onde eu vim...
No dedilhar de um violão
Eu embarquei de verdade
Nas notas em dó mais ré,
Mi, fá, sol, si, sem idade,
E mais uma que aqui está...
... O lá... chorando saudade...
Abro outra vez os sentidos
Escuto um som bem mavioso
É o sabiá-laranjeira
Pousado num galho, airoso,
A gorjear hinos de amor
À vida e ao hoje, mimoso!
Se no passado me enrosco
E me enlevo docemente
Na canção, no tom, na nota...
... Lá está a alma da gente
Em forma de partitura
Que o sabiá lê... sabiamente!
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
Minha amiga querida... eu estou te procurando há tempos... entra em contato comigo (akashadesigner@gmail.com), morro de saudade de você. Akasha
ResponderExcluir