Desenho feito com a mão esquerda por minha mãe, Maria da Piedade, que era destra antes
de sofrer um AVC-acidente vascular cerebral)
Arte amiga de Cleide Canton
Guardei o teu caderno aqui comigo
Na estante das lembranças pessoais;
Das páginas, vibrante tu me sais
Fazendo do passado o meu abrigo.
Conter o pranto, não, eu não consigo,
Que as lágrimas resumem mais e mais
O aplauso para alguém que foi capaz
De renascer de um lápis, um amigo!
Um AVC deixou-te sem falar;
Paralisada a tua mão direita,
A mão esquerda erguias para o ar
E com ela vibraste, satisfeita,
Ao desenhar um tigre a nos olhar
E a nos mostrar como a Vida é perfeita.
(Que orgulho eu tenho de ti, mamãe querida!)
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