
Se o verso chora, porque a rima foi embora,
Só resta, agora, me embalar na fantasia,
Uma que ria no compasso da alegria
De um novo dia em que eu me faça nova hora.
Por ora eu fico com a canção cantada outrora,
Que foi escora a me escorar a sombra fria,
E que alivia o descompasso e a nostalgia
A quem não via uma saída sem demora.
O que está fora vem chegando de mansinho!
E como um ninho que acalenta o seu rebento,
Ama, sedento, um bem faminto passarinho...
Sou tão sozinho e meu voar é muito lento,
Mas o alimento que me dás como carinho
Será o vinho a celebrar novo momento!
Cartas de Alforria
Escritos de Regina Coeli
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