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PASSARINHADA


Aquarela de Don Edwards


Ei-los que acordam
Mistura jovial de sons
Entre pios, pipilos, chilreios, cicios e trinados
Pardais, rolinhas, sabiás, sanhaços e bem-te-vis
Soltam suas vozes de aguda cristalinidade
Beijam meus ouvidos e minha alma
E avisam que o dia começou.

Maravilhas da Vida
Seres encantados
Seres alados
Condutores de alegria
Sinônimo de poesia
Sonoridade divinal
Encanto que o homem ainda não desencantou...

Saltam daqui pra lá
Voam de lá pra cá
Arruaçam na velha goiabeira,
fonte de alimento e de refazimento.
Parecem crianças em recreio
ruídos plenos, gorjeios
Explosão de sons e movimento!

Vão à cata de comida
Bicam goiabas maduras
catam gravetos, fazem ninhos
trinam e trilam sem parar
Espalham sementes para o futuro
Pois o espetáculo da Vida tem que continuar...

Vivem intensamente
Livres de gaiolas e clausuras
Singram o espaço alegremente
em busca de novas paisagens
Abandonam o conforto dos ninhos
já formados
Para cumprirem sua missão de liberdade.

À tarde, quando o dia se despede
Aterrissam seus voos suavemente
Desligam o canto e as asas
para o descanso
Ponto final numa aventura de poesia
Para recriarem a Vida no novo dia!

Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
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