Celebro o verso como uma oração
Para aquietar os meus sutis desejos,
Meus ternos sonhos, ávidos dos beijos
Que ousei sonhar em noite de verão.
Depois o inverno foi uma estação
A silenciar a lira em seus arpejos,
Caiu no outono aquele rol de ensejos,
Morreu de fome uma infeliz paixão.
Meu verso então sonhou a primavera,
Correu no espaço, foi além do mar
E sussurrou sua última quimera:
" — Poesia e flores, meu sagrado altar!
Assim, ajoelho toda a minha espera
E no verso serei rosa a rezar”.
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