Web Statistics

sábado, 27 de fevereiro de 2010

E por falar em Adeus...

Numa varanda, mil flores pendentes
Cheias de cores, muitos os olores
A poesia em pétalas latentes
Que versejam na vida os seus frescores.

Vasos abraçam plantas sorridentes
Que balançam à brisa os seus verdores
Folhas e folhas, tons e tons nascentes
Mimos da natureza em seus amores!

Mesinha delicada bem no centro
Vaso sobre crochê, florzinhas dentro
Traço de requintada antiguidade.

Almofadas gentis, assento e encosto,
Na cadeira vazia, só e sem rosto,
Choro de solidão numa saudade...

Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Recomeço


Se o verso chora, porque a rima foi embora,
Só resta, agora, me embalar na fantasia,
Uma que ria no compasso da alegria
De um novo dia em que eu me faça nova hora.

Por ora eu fico com a canção cantada outrora,
Que foi escora a me escorar a sombra fria,
E que alivia o descompasso e a nostalgia
A quem não via uma saída sem demora.

O que está fora vem chegando de mansinho!
E como um ninho que acalenta o seu rebento,
Ama, sedento, um bem faminto passarinho...

Sou tão sozinho e meu voar é muito lento,
Mas o alimento que me dás como carinho
Será o vinho a celebrar novo momento!

Cartas de Alforria

Escritos de Regina Coeli

Laços em Versos


Segurem, fitas, estas minhas flores;
Enlacem meus buquês de fantasia
Com pontas de ternura e nostalgia
Pendentes sobre letras em fulgores.

Abracem, fitas, estes meus olores,
Perfumes de uma hora em que eu cingia
A madrugada amiga e tão sombria
Pra dar cor de poesia aos meus temores.

As fitas são dois braços a pender
Após se aconchegar ao conteúdo
Num abraço que conduz ao enternecer...

Meus Versos são o sol ardente e mudo
Brilhando no arrebol do meu viver
Em laços que descaem como um tudo!

Cartas de alforria

Escritos de Regina Coeli Rebelo Rocha